LIARS - PREFÁCIO


PREFÁCIO




Verão do terceiro ano. Éramos crianças livres para aprontar e sem qualquer preocupação para o futuro. Foi neste mesmo ano que conhece os meus melhores amigos. Alexander Hunter, mais referido por Alec, atraia qualquer um como um imã, seus cabelos pretos chamava atenção onde passada, junto dos olhos azuis que o destacava dos demais alunos. Ele sem dúvidas era o nosso líder e a cola que nós uniu como um só, fazendo o impossível, conectando cinco outros garotos que eram opostos, tornando aquela amizade possíveis. Lance Thorne, o vizinho engraçadinho que adora fazer piadas e pregar peças nós outros, com seus esvoaçantes cabelos ruivos; sardinhas abaixo dos olhos azuis esverdeados. Zed McAllister, o menino que te defende dos valentões, no parquinho do colégio, isso se ele não for um deles. Com sua pele morena, combinando com os cabelos castanhos claros e seus olhos âmbar, que combinava com o seu estilo bad boy. Noah Houston que é bem… na verdade, apenas o Noah, o garotinho fofo que quer ter muitos amigos. Se não fosse pelo sobrepeso e a falta de estilo para se vestir, sem dúvidas ele seria uma competição pra popularidade de Alec, com seus cabelos loiros com as raízes escuras e olhos azuis claro. O último é Henriki Stones com seus cabelos cacheados castanho escuro, olhos verdes e covinha quando sorri. Ele é o tipo de garoto que todo mundo quer ter como amigo, simpático e charmoso. E é claro tem eu, o filho obediente de dois pais rígidos, com muitos planos para os seus filhos no futuro. Considerado um nerd por completo, com os cabelos pretos e olhos castanhos escuros, alto demais pra sua idade e magricelo para ser vítima de bullying, isso se não tivesse sido escolhido para me tornar dá elite por Alec.

Estávamos chegando ao fim de mais um verão, faltava pouco para iniciarmos outro ano letivo. Como um grupo, tínhamos nossas próprias tradições e uma delas eram passarmos o último final de semana, naquele celeiro velho que tinha no meu quintal. Não, eu não sei como tenho. Acredito que o terreno já foi uma fazenda ou algo do tipo. Sei, muito estranho.

Alec diz que somos especiais e escolhidos por uma razão. Sinceramente, sempre pensei que dizia isso para nos manipular e deixar na linha. No entanto, achou sim, que cada um tem sua qualidade e sua importância de sua maneira.

Lance, ou como chamamos  Ace, o brincalhão que ri das próprias piadas e com a cabeça no ar. Zed, ou como sempre, DJ McAllister, durão por fora e manteiga derretida por dentro. Henriki, ou como apelidamos Henry, que aparenta ser um mulherengo, mas é um romântico nato. Por último, Noah, o fofinho, ao qual quem conhece, quer cuidar e proteger. Para completar, Alec. O senhor popular, o Rei que domina todo o colégio. Hum! Bem… é só isso, não tem o que falar. Mesmo o conhecendo há anos, Alec continua um mistério para gente.

— Ei, alguém quer participar da minha trollagem? É algo novo e grande.— Propõe Lance, com uma cara de arteiro.

— NEM PENSAR! Na última, quem se deu mal foi “eu e o meu cabelo”. Promete a mim mesmo que nunca mais entraria nessa. — Resmunga  Zed, arrumando o seu cabelo.

Juro que ainda ele casa com o próprio cabelo, é muito amor só para um cabelo. 

— Vou topar. Estou ansioso para ver,  little bear — Concorda Henriki. 

Onda ia Ace, estava Henry, quase como se fossemos ligados por um laço. Um dia, sem saber que estávamos lá, a mãe do Lance se referiu a ele, como little bear, o apelido de infância que ela deu a ele.  Usamos quando  queríamos nos referir a ele carinhosamente, também funcionava para implicar.

— Aquila vez foi acidente, prometo não me aproximar dá sua alteza real. — Explica-se Lance.

Tinha ficado chato, a autoestima elevada de Zed  com o cabelo, até que um dia se ganhou um apelido pra encher o saco dele; sua alteza real, pelos cuidados pomposos.

— Vamos continuar a beber, isto é ou não uma festa? — Reclama Alec, cortando o assunto. 

Mesmo de sempre, não gosta que outras pessoas sejam o centro da atenção, os holofotes devem sempre estar focado nele. 

Continuamos a beber a bebida que Alec tinha preparado, contendo álcool o suficiente pra embebedar adolescentes como nós, e ao mesmo tempo, fraquinhos pra bebida, contendo frutas esmagadas pra diluir o gosto forte. Provavelmente roupada do pai ou comprada por um  dos seus amigos mais velhos. Era incrível como ele conseguia destaque até entre os garotos e garotas mais velhas desta cidade. 

— Cuidado para não darem com os dentes nas línguas, não queremos que espalhem seus segredos por aí. Pelo menos, não para pessoas desconhecida, se quiserem podem me contar todos os segredos do mundo! 

Soltamos risadas espontâneas. Verdades sejam ditas, provavelmente ele já saiba todos os nossos segredos, os mais pecaminosos também.

— Tentarei não escapar nada, tentar é a palavra chave, talvez não dê certo. — Brinca Henry.


— Sabe, lê uma vez num livro, que é bom dividirmos segredos, faz com que nós una. — Comenta Alec.

— Qual livro? 

— Não importa! Só continuem a beber, vamos... — Alec continua a insistir para bebermos. 

Estranho, muito esquisito... Mesmo achando estranho, continuamos a beber. Sei lá, ele não faria nada contra a gente, pelo menos nada que nós mate e pelo que lembro nenhum de nós fez nada ultimamente pra trazer a sua irá.

— Que engraçado, é normal se sentir sonolento? — Pergunta Noah, dando uma olhada na bebida, quase vazia no copo. 

O vejo coçar os olhos, larga o copo no chão e se deita no sofá que sobrava.


— Você que é fraquinho! 

Damos risada dá cara dele.


— Que estranho, estou me sinto sonolento de repente. — Diz Zed.

— Também...

— Está cedo pra dormir!  Porque de repente este sono, não devíamos estar com... — Boceja Lance.


— Vocês estão bem? — Pergunta Alec.


— Nãooo... Pede... ajud... — Sussurra Henry, atordoado. 

Um por um, vamos caindo no sono. A última coisa que vejo é Alec saindo pela porte do celeiro e falando algo pra nós...





HORAS DEPOIS...






— ALEC? ALEC — Grita Zad.

— Onde ele se meteu? Ele nos deve explicações. — Resmunga Lance.

— Cadê o Lucca? Ele também não está aqui! — Questiona Noah.

— Olha! Ele está ali… Lucca, onde você estava? Cadê o Alec? — Pergunta Henry.

— Eu não sei, acordei e não tinha nenhum sinal dele. Achou que ouve gritos do lado de fora e foi ver. Acho que devemos ligar pra nossos pais!

Procuramos por toda parte e quando vimos que não o encontraríamos, ficamos desesperados. Tivemos que ligar para nossos pais e a polícia de Comptow. Claro o mais importante, avisar os pais do Alec. Quando declaram de fato o desaparecimento, as investigações duram horas; dias; semanas e meses até fecharem o caso, dando investigação encerrada sem conclusão. Sem sabermos, naquele dia perdemos nosso amigo; nosso líder; nossa rocha, nosso pilar de sustentação…





UM ANO, DEPOIS...





I won't do what you told me (Eu não vou fazer o que você me disse)

I won't do what you said (Eu não vou fazer o que você disse)

I'm not gonna stop feeling (Eu não vou parar de sentir)

I'm not gonna forget it (Eu não vou esquecê-la)

I don't wanna start over (Eu não quero começar de novo)

I don't wanna pretend it (Eu não quero fingir que)

You are not my love (Você não é minha amante)

Guess you're only my teacher (Achar que você é apenas minha professora)

(I Won't - Colbie Caillat)








O tempo voou e vivendo num ambiente ao qual não conhecia, passa ainda mais rápido. Foi bom, enquanto durou. Amava viver e conhecer o povo da Islândia, mas confesso que bateu uma saudade dá velha cidade, ao qual passei a minha infância. É onde os meus melhores amigos vivem e… Onde o Alec desapareceu! Passar o meu último ano do Middle School em outro lugar foi interessante, mas voltar para começar o High School no mesmo colégio que fiz o jardim de infância é assustador, rever rostos que não vejo deste o incidente do Alec.

— Por que não liga para eles? — Ela sugere.

Amo a minha mãe, Annie. Entretanto, sinto-me mal, ela é uma das pessoas que não mereciam sofrer.

— Por que perdemos o contato, mãe!

Com toda aquela confusão de um ano atrás, Alec desaparecendo e eu indo viver na Islândia, acabamos perdendo o contato e talvez tenha sido melhor assim.

— Então é hora de restabelecer contatos, não acha? — Ela diz.

— Talvez… não sei ainda.

Tínhamos quase um laço de irmãos, talvez fosse bom retomar a amizade. Talvez seja melhor deixar pra lá e recomeçar. Sempre é bom ter novos amigos, mesmo que não consigam ocupar o vazio que os anteriores deixaram.

— Posso pegar o carro emprestado? Preciso passar na universidade. — Pede a minha irmã.

Grace era a mais velha e ia começar a universidade de direito neste semestre. Os meus pais estavam todo orgulhoso da sua primogênita. Só quero ver está felicidade daqui a quatro anos, quando eu anunciar a minha escolha.

— Claro, as chaves estão na bancada da cozinha. — Ela concorda.

— Pode deixar seu irmãozinho na cafeteria One Star?

— Claro, vai descendo. Preciso encontrar uns papeis. Poderia me ajudar, mãe? Eu não consigo encontrar os papeis que é preciso para fazer a inscrição. — Pede minha irmã.

— Devem estar em alguma pasta do seu pai. Henriki, não volte tarde! Amanhã tem aula, me ouviu… — Diz me olhando sério.

— Ok, Tchau!

Dou um beijo na sua bochecha e saiu do quarto. No corredor entre as salas de jantar e de estar, sou parado pelo meu pai.

— Estou ciente que voltar aqui, te traz de volta muitas memórias. Você está bem? — Pergunta meu pai.

Amo meu pai, Daniel. Pelo menos amava, nestes últimos anos o amor começou a diminuir ao saber…

— Pai, vou manter o seu segredo, ok.

— Quero dizer, tudo bem sobre o Alexander? — Diz rigidamente ao lembra-lo do seu segredo.

— Vamos… — Minha irmã me chama.

Saiu sem responder sua pergunta.

Grace me deixa na porta da única cafeteria de Camptow, ainda era cedo e não tinha muito movimento, tocava uma música calma, sento-me do lado de uma garota com cabelos e olhos castanhos, que parecia ter uns vinte anos ou menos.

— Oi!

— Oi, como se chama? — Ela pergunta.

— Henriki. Você?

— Me chamou Lydia. Faz alguma faculdade? — Ela se apresenta.

— Gostaria de fazer literatura e no meu tempo livre, escrevo mais só pra mim e tirou fotografias.

— Que coincidência, acabou de me formar em literatura, vou dar aulas num colégio. — Ela revela.

Iria ser uma grande mentira se eu disse que nada disso não tenha sido combinado, no exato momento em que começamos a conversar. O que nunca esteve no plano era fazer isto, destro do banheiro e da única cafeteria da cidade. Ela estava com os braços entornam do meu pescoço, enquanto os nossos lábios se conectavam. Mais que droga! Não faz nem vinte e quatro horas que estou volta nesta maldita cidade. Fazendo sexo, dentro do estabelecimento que todos dá cidade venham, onde os boatos podiam correr soltou. Riu mentalmente. Se os garotos me vissem agora, diriam: O Henry pegador ataca novamente e zoariam pelo resto da minha vida.






Capítulo 01...









Terceira Publicação: 10/02/2023 ás 07:30


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Primeira Publicação: 28/12/2016 ás 11:05

Atualizada: 19/12/2018 ás 17:15

Segunda Publicação: 26/08/2019 ás 20:40