Me Apaixonei Caí por Você - Capítulo 26

 

CAPÍTULO 26

The Perfect Wedding!


“O medo é o pesadelo fora do sonho.(Jeanete de Moraes Souza)"




Este é um daqueles momentos que você não sabe identificar se é realidade ou sonho. Vivendo repetidamente o mesmo dia, fazendo as mesmas ações. Acordar no susto, se levantar e olhar meu próprio reflexo no espelho. O primeiro choque começa aí, a falta do excesso de barriga. Onde está o meu bebê? Cadê ele... Sempre quando chegava naquele momento, estrava em desesperou e saia correndo até o seu quarto. O alívio me tomava ao vê-lo no seu berço, mas apenas por uns segundo. O medo me tomava, ela estava ao seu lado, fazendo carinho na sua cabeça. Não adiantava grita ou tentar se aproximar deles. Homens vestidos de branco venham em minha direção, me agarrando pelos braços e colando camisa de força, me carregando pra longe do meu bebê. Está tudo errado! Eles estão o deixando com ela, nã... 

— Nãoooooo...

Acordou gritando desesperadamente, com a mão no estomago e chorando em prantos.  

— Aqui! Isso, respira fundo. — Ele me entregava a bombinha e dou algumas inaladas. A minha desesperação era tanta, que nem tinha nota que estava tendo uma crise. Me deitou em seu torço, enquanto chorava e ele me confortava fazendo círculos nas costas.

— Vai ficar tudo bem. — Sussurrava. 

— E se o sonho virar realidade? 

— Só torna real se você permitir que o medo domine sua vida. Ela não pode roubar sua vida, nem o bebê e muito menos a mim. Eu nunca a aceitaria de volta, ela te machucou fisicamente e mentalmente. Não consigo pensar em outra vida para viver, que não seja com você e com nosso filho. Eu te amo para sempre. — Se declara. 

— Também te amarei pra sempre. Me desculpe te acordar todas as noites. Estamos tão próximos do fim, isso trouxe à tona medos e sentimentos já esquecidos.

— Não importa um pouco de sono perdido, o importante é você estar bem. Pelo jeito não foi o único a ficar preocupado. — Sentindo o bebê se mover. 

— O que é raro ultimamente. Quantos mais passa o tempo, menos ele se move aí dentro. Ficou preocupado, é normal? E se... 

— É normal, ele está perto. Seu pai nos últimos dias, decidiu que precisa falar nos ‘'E se’', mas esqueceu de curtir e viver o momento. — Conversando com a barriga, enquanto passava a mão.

Cruzo os braços e faço biquinho.

— Ah!? É, então me diga um momento? 

— Primeiro se deita de lado, colocando a cabeça no meu peito. — Indica. 

Faço o que ele pediu. 

— Agora?

Ele dá um sorriso.

— Aqui! Este é o momento. — Colocando minha mão na barriga. 

Entendo o que ele quer dizer, eu não o teria aí dentro pra sempre, uma hora iria nascer e crianças crescem rápido, o tempo voa mesmo que não queiramos. 

— Você pode cantar pra gente? 

Continuando a seguir seus movimentos com os dedos.

— Sim. Alguma preferência? — Pergunta. 

— Não, concordamos que o pai dele tem que escolher.

— Lá vai a melhor canção de ninar, especialmente para meu filhinho e o amor dá minha vida. — Começando a canção.
 
Durante o tempo em que ele cantava, tínhamos ambas as mãos uma em cima da outra, sentindo aos poucos ele se acalmar. Não consigo me lembrar o restante da música, nem quando ele parou de cantar, só que caí num sono profundo e calmo, sem sonhos. 








— Oi! Filho. Como vocês estão, e o meu netinho? — Pergunta minha mãe, Grace. 

— Ele está bem, ainda sem sinal de vir ao mundo.

Tentando desconversar sobre nós, dando foco no assunto do bebê.

— Você não está com uma expressão boa, sem contar que está fazendo aquela mania de devagar do assunto. Está acontecendo algo? — Insiste. 

Suspirou e decido contar o que tem acontecido. 

— Temos tido uns dias ruins. Nate tem tido pesadelos relacionados a insegurança, abandonou e perda. Ele tem medo me perder e de alguém levar o nosso bebê.

Preferindo não comentar a parte do sonho que aparece minha ex-namorada, já que todos decidimos ocultar os acontecimentos que a envolvem dos nossos pais e familiares. 

— Vocês já conversaram sobre o casamento? — Interroga. 

Balançou a cabeça em negação.

— Não tivemos tempo, tínhamos tantas outas coisas pra fazer, que não conseguimos achar uma data certinha.

— Dezesseis de novembro é um bom dia, não acha? — Sugere. 

Arregalou os olhos pra ela na chamada de vídeo.

— É no próximo fim de semana!

— Sim, eu sei. O que é um papel comparado ao amor, nada. Entretanto, talvez seja o que ele precisa, uma demonstração que você vai ficar. Sobre o bebê, conversando e insistindo que ele é filho de vocês, ninguém pode tirá-lo. — Propõe.

Ficou pensando alguns segundo sobre a ideia de fazer um casamento... 

— Casamento surpresa? 

— Se for, ele vai adorar.  — Concordando com a minha linha de raciocínio. 

— Mas como faremos? Está muito em cima dá hora. 

Entrando em pânico. 

— Muita calma! Podemos reunir os meninos, as meninas e todas as famílias. Faremos o seguinte... — Começando a planejar.



***



16 de novembro de 20202 

16:35 


— Grande loucura do Kian e da Karle se casarem do nada!  — Ele comenta no carro.

Se ele soubesse, nem acreditaria que seu próprio casamento. 

— O importante é que eles se amam e vão se casar pra tornar tudo oficial. 

Ele usava um terno azul-claro e eu num tom mais escuro. Sua gravata era da cor do meu terno e eu usava uma roxa clara. Quando chegamos na nossa antiga casa, passamos por trás pra irmos até o quintal no fundo. Não tinha palavras pra organização, estava perfeita. Tinha um teto de luzes em cima das cadeiras, onde estavam divididas em duas filas e no meio, um tapete de rosas-brancas até o altar. No fim do corredor, o padre estava nos esperando, tinha mesinha na sua frente e um arco de flores ao redor do altar. No canto do restante do quintal, várias mesas para os convidados sentarem e comer. Uma mesa enorme com um bufê completo. Do outro lado, tinha uma pista de dança. 

— Você aceitou o noivado, agora não pode fugir do casamento! 

Sua boca estava entre aberta em choque. Nossas famílias, amigos e pessoas que sabiam do nosso amor se levantam das suas cadeiras e esperam que caminhássemos pelo corredor até o altar. 

— E eu acreditando mesmo que eles fariam isso. — Se referindo ao Kian e a Karle. 

Vejo Kian revirar os olhos, do tipo até parece que faríamos isso. 

— Então aceita? — Perguntou. 

Todos nós observavam, durante nossa conversa. 

— Sim, mas acho que tenho que dizer isto ali. — Apontando pra altar. 

Caminhamos em direção ao altar e paramos em posição de frente um pra outro, esperando o padre falar... 

— Antes de começar pra garantir, ambos estão aqui por vontade própria? — O padre questiona. 

— Sim! — Respondemos juntos, nós dando sorrisos bobos um pra outro 

Ele apenas concorda coma cabeça e continua. 

— Nathaniel Owen Evans, você aceita este homem como seu legitimo esposo? — Ele pergunta. 

— Sim. — Aceitando 

Quando olho pra frente, vejo nossas mães, irmãs e amigas chorando. Os únicos que não choravam, pelo menos tentavam, eram os homens que seguravam o máximo possível. Quando quis dizer quase todos, o restante era Ryan e Kian que choramingavam como duas crianças com seus doces roubados. Pegou o anel e colocou no terceiro dedo na mão esquerda. 

— Declan Kyle Schmidt, você aceita este homem como seu legitimo esposo? — Me pergunta. 

— Sim, aceito. 

Ele coloca o anel no meu dedo. 

— Então que assim seja. Eu os declaro casados, até que a morte os separe! — Proclama. 

Seus braços ficam entorno do meu pescoço, enquanto nos beijamos.





PRÓXIMO CAPÍTULO...




Comentários