Me Apaixonei Caí por Você - Capítulo 30

 

CAPÍTULO 30

They Are New Airs, New Smiles And New Adventures

O passado é lição para refletir, não para repetir."(Mário Quintana)"



Conte, como está sua relação com Declan? — Questiona o Dr. William Watson. 

Depois de cinco anos continuou consultando o psicólogo, acabou se tornando um hábito do dia-a-dia. No fim do ano, quando ele entra de férias, sinto como tivesse esquecido de colocar as calças e sair completamente nu por aí. Nestas épocas do ano, bate uma saudade de ter alguém de fora para conversar sobre os seus problemas, e talvez até dar soluções que você não pensou antes. 

Não diria ser uma relação. As coisas mudaram muito, deste aquele fatídico dia. A relação esfriou. Acreditou que esteja até melhor do que deveria ser, por ficarmos um tempo separado.

Durante estes cinco anos, vocês quase não se viram, certo? — Averiguou. 

Concordo acenando com a cabeça. 

Deve ser estranho, um casal que não vive no mesmo teto...  

Ele balança a mão para que continuasse a desabafar como me sentia. 

... Pode até parecer inusitado o que vou dizer. Contudo, ficar internado por um ano me fez bem, desconectar do restante do mundo e realinhar os pensamentos. Quando saí, prefere ficar mais um ano afastado. Minha irmã estava fazendo residência em Miami, então escolhe ficar com ela. O que foi incrível! Escreve ótimas músicas de como estava me sentindo, que no ano seguinte, se tornaram meu álbum de estreia. Quando dei por mim, estava na minha primeira turnê sem os meninos, que se desenrolou no segundo álbum e depois outra turnê. Foi só o ano passando, quando chegou a proposta de fazermos um comeback e fazermos a turnê do nosso último álbum, que reparei que não éramos um casal comum. 

— O que pensa sobre o amor de vocês, ainda existe ou se tornou uma amizade? — Pergunta. 

Existe, o amo com todo meu coração. A diferença é que aprende a me amar, antes me sentia uma aberração que não tinha o direito daquele amor. Agora, entendo que posso permitir ser amado e sentir o mesmo por outra pessoa. Mesmo tendo aprendido tanto, sinto medo... 

— Dele não sentir o mesmo? — Sugere. 

Isso. Como disse esse tempo foi bom para mim, ainda assim se eu tiver largado demais e ter perdido a oportunidade de reconstruir o nosso amor. Tenho medo de chegar nele e perguntar se temos tempo de recomeçar? 

Dr.Watson coloca a prancheta em cima da mesa e tinha aquele olhar que diria algo inspirador. 

— Eu não vou mentir, o medo sempre será uma parte de você. No entanto, com coragem diminui gradualmente. É preciso apenas um empurrarão. Hoje mais cedo, contou que vai ter uma reunião, estou certo? — Aconselha. 

— Sim, a equipe quer finalizar alguns detalhes, antes de começar a última turnê do grupo.

— Por que não tenta conversar, depois que acabar a reunião? — Dá uma dica. 

Negou com a cabeça. 

— Melhor não, iremos encontrar a nossa nova assessoria de imprensa, que incrível que pareça é a Stacy! Nem sei como conseguiu, quer dizer ninguém sabia que ela estudava para isso, é tão confuso. Sinto-me muito mais corajoso que cinco anos atrás, ainda assim tenho aversão a encara-la de frente. 

Você é muito corajoso, tenho certeza que vai conseguir. Qualquer coisa, ainda há tempo de abrir um boletim de ocorrência contra ela, se você quiser. Infelizmente nosso tempo acabou! Conversaremos mais na próxima sessão, pode ser? — Propõe. 

Ok. Até a próxima, Dr.Watson.



***



Boa Tarde, Sammy! 

Digo a nova secretaria da gravadora, sem dúvidas mais eficiente e simpática que a última.

— Boa tarde, Nate. Todos já chegaram, estão te esperando na sala 05. — Diz Samantha.

— Obrigado. — Falou. 

Indo em direção a sala. Ao chegar na porta, respirou fundo e me preparado para reencontrá-la. Virou a maçaneta e entrou, dando de frete para todos que ficam em um silêncio mortal. 

— Desculpe se atrapalhem. — Soltou.

A vejo vindo em minha direção. Droga! Parece que não conseguirei seguir o plano, evitá-la como se tivesse uma doença contagiosa. Bem, pelo menos pensei ser um bom plano. 

— Oi! Nathaniel. Podemos conversar? — Stacy pergunta timidamente. 

Ficou chocado por ela me chamar pelo nome completo e numa ênfase de respeito. Alguém chama o FBI! Sequestram a verdadeira Stacy e trocaram pela gêmea boa. 

— Nathaniel? 

O restante das pessoas na sala, nem tinham coragem de falar nada. Com medo de entrar no meio entre os dois. 

— Prefere te chamar pelo nome completo, mais respeitoso. E pensei que o apelido só os mais íntimos usavam. Comete um erro? — Ela pergunta franzindo a sobrancelha. 

Para onde ela quer ir com esta conversa? 

— Não, está bem assim. Quer falar comigo? 

Estou um tanto confuso com sua nova personalidade.

— Sim, antes de dar início a reunião. Quero te pedir perdão por tudo que fiz. Eu era uma jovem inconsequente, imatura e sem um pingo de maturidade. Não entendia que agir daquele jeito era preconceituoso, e como era grave aquelas atitudes. Também aprende com minha psicóloga que a raiva é minha, que não devo descontar em outra pessoa. Acredite, aprende minha lição dá pior maneira. Quem diria que me tornar mãe solteira, me faria refletir tanto sobre minhas ações do passado. Ser mãe com certeza me melhorou. — Stacy dizia com um sorriso alegre e simpático no rosto. 

Acreditou em segunda chance, contudo em pessoas que querer se redimir de verdade. Com ela, minha intuição diz ser ao contrário. Não importa, veremos se é verdadeiro. Se for falso, só consigo pensar que melhorou sua encenação, suas capacidades de atuar melhorar. 

— Como disse é passado. Filho é? Quantos anos? 

— Jake, vai fazer cinco em novembro. — Responde animada. 

— Novembro?! Que dia? 

Seria mentira se disse que não fiquei impactado com o mês, o mesmo que do nosso... 

— Dezoito. É o meu pequeno anjinho. Vocês devem compreender o amor infinito que existo pelos filhos, não? — Se virando para questionar os meninos. 

Ela parecia mesmo amar o filho. Mais uma vez estava certa, não sei como? Mesmo assim, acertou. Eles entendiam e eu também. Kian e Karle se casaram rapidamente há três anos, após descobrir da chegada dos Gêmeos; Leon e Laila. Elliot e Rebecca há dois anos, fizeram como queriam, tudo dentro dos seus planos e planilhas. Um belo casamento, clássico na igreja e depois tiveram Henrik de um ano. Fugindo dá vontade de suas famílias, Ryan e Elisa só decidiram morar juntos, quando de repente foram agraciados pela pequena Genevieve, de apenas quatro meses. 

— Você devia ter um filho! É uma delícia ter uma criança, elas alegram nossas vidas. — Ele insinua, apontando para mim. 

Naquela hora, minha garganta fecha e me dá vontade de gritar que já tive. Contudo, a sensação de tristeza que me bate é maior, saber que eles tinham a oportunidade que não tenho, assistir seus filhos crescerem. Ficou arrependido por citar o assunto filho com ela, e saber que depois de tantos anos, sabe me atingir onde dói mais. Pelo menos, sem saber que aquilo me machucava. 

 — Então, vamos começar? — Leo quebra o clima que ficou bem esquisito. 



***



Como pedi um táxi até o escritório, então íamos precisar ir juntos. No caminho para a casa, sente precisar perguntar, mesmo que não fosse o melhor momento. 

— Ele é seu filho?

Nós olhamos por uns segundos. 

— Não sei como sobre o que está falando. — Desconversa e tenta apenas olhar para onde manobrava o carro. 

Sinto uma sensação estranha no estômago, como o que fosse que iria descobrir, me machucaria tanto como quando descobre que o nosso filho foi sequestrado. 

— Eu fiz as contas, naquela época quando ela sumiu, devia estar com pelo menos quase dois meses. Ele deveria ser mais velho que o nosso filho, com certeza nasceu na data prevista, enquanto o nosso nasceu dois meses antes. Cinco anos atrás, você me prometeu nunca mentir ou esconder nada. Mereço saber a verdade? 

Ele me olha por um segundo e suspira. 

— Ok. Ele é meu. — Confirma.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto. 

— Quanto tempo já sabia disso? 

— Bem, faz alguns dias. Após ser oficialmente contratada. — Explica-se. 

Ficou em silêncio por um tempo e depois faço a perguntou que tenha medo de fazer. 

— Você ainda me ama? 

— ... 





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