CAPÍTULO 14
"Little Secret"
"Com os olhos eu te vejo, com a boca eu te chamo, com os láios eu te beijo, com o coração eu te amo,"
B2AUTY:
I found you, in the darkest hour
I found hour, in the pouring rain
I found you, when I was on my knees
And your life brought me back again
Found you in a river of pure emotion
I Found you, my only truth
I Found you in the music playing
I Was lost
Till I Found you
Depois de fazermos mais de 23 shows, 13 shows em 40 dias. Foram se meses e semanas dormindo no ônibus de turnê e em hotéis, em todos os países que passávamos. Mesmo amando fazer os shows, conhecer os fãs. É cansativo e dá uma saudade de casa, da própria cama e de ter tempo pra assistir um filme, ou série com calma. Ou simplesmente aproveitar os dias com as pessoas que são importantes pra você. É maravilhoso conhecer o mundo, mas está vida de cantor nos impede de conviver e passar datas especiais com amigos e familiares. Ainda tínhamos vários shows, antes de ganharmos uma folga, quase próxima ao Capital’s Summertime Ball 2019.
— Minha cabeça está me matando. — Nate resmunga.
— Esse show foi demais! — Exclama Kian, todo animado.
— Foi mesmo, mas ainda temos muitos outros. Lembrando que temos o nosso primeiro show no Summertime Ball, é o Summertime Ball, caras! — Diz Ryan animado.
Foi um dia pra lá de corrido, tínhamos feito o teste de som e de onde podíamos andar pelo palco. Todos estavam animados ou quase todos. Quando tudo acabou, um peso tinha sido tirado dos ombros de todos, tudo tinha dado certo, sem nenhum incidente, e os fãs estavam felizes pelo show desta noite.
— Dá pra calarem a boca! — Reclama Nate.
— Cara, você está insuportável. — Ryan exclama.
Nestas últimas semanas, ele tem se comportado estranho.
— Parece que alguém não compartilha dá mesma animação que os outros. — Kian alfineta.
Kevin nós esperava nas escadas, na entrada do palco, com garrafa da água.
— Garotos sem brigas, por favor. E tomei água, vocês precisam hidratar as cordas vocais. — Kevin nós dá uma bronca.
Ele era mais nossa babá que nosso guarda-costas. Sem dúvidas.
— Ei, Kev. Conhece algum remédio pra pessoas mal-humorada? — Pergunta Ryan, continuando com a alfinetada.
— Não conheço, mas vocês precisam de algum remédio? Posso procurar um remédio se precisarem? — Kev diz preocupado.
— Relaxa, Kev. Ele está brincando. — Elliot, o acalma.
Além de mim, ele era o único que ainda não tinha dado sua opinião sobre aquela discussão.
— O que você comeu hoje? — Kev pergunta, olhando seriamente pra o Nate.
Deste o incidente da Stacy, Kev tem ficado em cima dá alimentação dele. Na verdade, os meninos e eu também, não queríamos que ele tivesse uma recaída.
— Sim. — Ele responde mal-humorado.
— O que? — Kev insiste.
— Não sei, não lembrou. O dia foi corrido, não tive tempo de decorar tudo que ia pra minha barriga. — Nate rebate.
Hoje ele está afiado.
— Então, pegue algo pra comer. — Kev manda.
Enquanto, entramos no camarim. Ele anda até a mesa de petiscos, escolhe um sanduíche de patê de atum e enfia na boca, logo em seguida, sua expressão muda e cuspe o pão num papel toalha.
— Eca, que gosto horrível! — Ele fala fazendo uma careta.
Todos o olhamos surpreso. Kian vai até a mesa e pega o mesmo sanduíche.
— NÃOO. — Todo mundo gritou.
E ele enfia na boca.
— Hum, tá muito bom. — Discordando da opinião do Nate.
Elliot dá um tapinha na cabeça de Kian.
— Você ficou doido! E se estivesse estragado? Ia ter dois de nós com intoxicação alimentar. — Elliot o repreende.
— Mas está bom, então ninguém vai ter intoxicação. — Ele afirma, dando ombros pra tudo que Elliot disse pra ele.
Kian toma dá mão do Nate o outro sanduíche e fica comendo na poltrona.
— Você é nojento. — Nate diz se referindo ao Kian, comendo os dois sanduíches.
***
— Hora de levantar!
Já tinha acordado e me arrumado pra sair. Só faltava ele acordar e se arrumar.
— Hum, tenho mesmo que levantar? — Diz resmungando.
E puxa o cobertor pra mais perto, escondendo sua cabeça.
— Combinamos de encontrar os outros pra tomar café da manhã. E depois íamos conhecer a cidade, antes de ir embora, lembra?
— Vou ficar no hotel, não me sinto muito bom. — Ele decide.
— Então ficamos os dois. Têm certeza que não quer ir ao hospital?
Ele joga o cobertor e se senta na cama com uma cara brava.
— Não seja idiota!! Você vai, conhece os lugares e depois me conta. — Me dando bronca.
Ficou pensativo por uns segundo, devo ir ou devo ficar?
— Ok. Vou ir. Mas qualquer coisa liga?
— Pode deixar. — Concorda.
Antes de sair lhe dou um beijo na testa e quando estou pra fechar a porta dou uma última olhada nele. Ele tinha um leve sorriso no rosto e um olhar engraçado, como se tivesse planejado me fazer sair, mas acho que é coisa da minha cabeça. Nem dou bola pra esse pensamento bobo que me surgiu e vou ao encontro dos outros.
Tentou esconder meu sorriso, quando vejo que ele concordou em ir. Quando pensou que foi, ele me dá um último olhar e naquele momento acabou deslizando, e dando um meio sorriso. Suspiro aliviado, ele não tinha reparado. Levantou-me correndo em direção ao banheiro, desta aquela hora que acordei tenho me sentido enjoado. Vômito tudo que come ontem e quando terminou dou descarga, vou até a pia pra escovar os dentes e lavar o rosto.
— Ok, Nate. Você planejou isso, agora tenho que me arrumar e sair sem ser visto.
Às vezes parece meio doido falar com si mesmo, ou conversar mentalmente como se tivesse alguém pra me responder, mas em fim. Decido tomar um banho e quando tivesse certeza que meu estômago acalmou, peço o café da manhã.
***
Com roupão, sentou na cama e pegou o telefone pra ligar pra recepção.
— Bom dia. Gostaria de pedir o café da manhã?
— Pois não, senhor. O que gostaria que levássemos? — O atendente diz.
— 1 Chá de camomila e torradas com manteiga.
— Por gentileza, poderia nós dizer o número do quarto? — Ele pergunta.
— Suíte Gold, número 813. Obrigado.
***
Ao chegar ao hospital, esperei um pouco e logo foi chamado. A enfermeira me deixou no consultório e disse que o médio já viria me examinar. Trinta minutos depois o médico entra, ele era velho e parecia ter anos de experiência, não pareciam àqueles médicos recém saídos da Universidade.
— Bom dia. Qual é problema, Sr. Evans? — Ele me pergunta olhando pra minha ficha, confirmando qual era meu sobrenome.
— Faz uma semana que tenho acordado precisando vomitar e alguns alimentos têm me feito mal.
— Bom, faremos um exame de sangue e vou examinar sua barriga, pode deitar naquela cama.
Deitou na cama e ele levanta a camisa.
— Dói? — Apalpando minha barriga.
— Sim, um pouco.
— Acredito que seja alguma alergia. Faremos o exame de sangue e um teste de intolerância alimentar, também faremos um ultrassom do seu estômago. — Disse.
— O senhor não disse que acha que é alergia, então por que fazer um ultrassom do estômago?
— Reparei que sua barriga tem estado dura e com sensibilidade ao pressionar, faremos pra descartar qualquer outra coisa.
***
Outra enfermeira me leva pra fazer os exames e depois me leva até a sala do ultrassom. Ela pede pra beber toda aquela garrafa de água e deitar com a camisa pra cima. Ficou esperando uns minutos e outra médica vem pra fazer o exame. Ela derrama um gel gelado na minha barriga e fica verificando com o controle, ela fica um tempão concentrada e do nada faz uma expressão esquisita.
— Só um momento. Vou buscar seu médico pra ver isto. — Ela diz e sai da sala.
Começo a ficar assustado e se eu estiver com câncer? Ou outra doença mais grave. Ela voltar com o médico ao seu lado. Volta a colocar aquele controle na minha barriga, movimentando pra lá e pra cá. Ele olhava atentamente pras imagens na tela, ao qual eu não conseguia ver.
— É 100% certeza, o exame de sangue também confirmou. — Ele dizia pra ela.
— Certeza do quê?
Eles me davam um olhar de pena, como se estivesse em morte terminal.
— Que você... — Ele responde.
- Publicado: 27/03/2018 ás 21:20
- Republicada: 10/09/2019 ás 18:30