Me Apaixonei Caí por Você - Capítulo 16

CAPÍTULO 16

          You Are Living What You Need To Live


"A distância entre a amizade e o amor pode ser a distância de um beijo."



O restante do nosso dia foi corrido, indo de um lado pra outro, fazendo entrevistas aqui e ali, e sendo levados pra fazer o teste de som e o ensaio antes do show, fazendo o reconhecimento do palco e onde podíamos andar... Estávamos todos animados e faltava pouco pra acabarmos a turnê, só mais três locais e depois o Summertime Ball em Junho.   

Garotos dispensados! Vão descansar e nada de sair pra festejar, amanhã teremos um show e precisam estar descansados e sóbrios, ouviram?  —Ordena Rob com uma voz severa.

Pode deixar. —Concorda Ryan dando piscadinha secreta pra Kian.
  
Eles estão com cara que vão fugir pra alguma festa e chegar podres de bêbados. Dou uma risada. Só o Rob pra confiar nesses dois. Falando nisso me surge uma ideia, se eles vão fugir por que a gente também não pode.
  
Eles vão sair, não vão?

Vão. —Nate concorda.

Droga! Vou ter que vigiá-los. —Diz Elliot, indo atrás deles.  

Isso nunca muda. 



***



Fazia mais de uma hora que ele estava trancado no banheiro, só dava pra escutar os sons de vômito. Será que ele está bem? Estou preocupado, ele não parecia nada bem. Ficou sentado perto da porta, esperando sair...

Você está bem?
   
Sim. —Saindo do banheiro e sentando ao meu lado, e deitando a cabeça no meu ombro.

O que houve?

Ele estava esquisito.

Estou com medo. —Confessa.

Quando nossos olhares se encontram, seus olhos tremiam como se fosse chorar. 

Medo?
  
Sei que não conversamos mais sobre isso, mais por que eu me neguei a falar sobre o assunto, mas eu... E se não estivermos prontos pra isso? E se eu não estiver preparado? E se eu for dispensado da banda? E se... —O calou antes de entrar ainda mais em pânico.
  
Primeiro se acalma, respira fundo.

Ele respira fundo.

Quer que eu pegue o inalador?

Balança a cabeça negando. 

Não quero tomar nada, antes de ligar pra meu médico e ter certeza que nada fará mal pra o bebê. —Comenta.

Soltou uma risada. Ele está pronto, mesmo que não saiba ainda.

O que? —Questiona confuso.

Nada. Sei que fomos pegos de surpresa e que nem estávamos preparados pra isso, mas tenho certeza que daremos o nosso melhor. E você não vai ser demitido, ninguém seria tolo o suficiente pra te dispensar, você é essencial no grupo e os outros vão concordar.
  
Ficamos um tempo assim, com sua cabeça deita no meu ombro e a minha cabeça encostada na sua, apenas no silêncio do quarto, às vezesescutávamospassos dehóspedes passando pelo corredor. Levantou a cabeça e digo... 
 
Veste uma roupa e vêm. 
 
O quê?Pra onde? Não podemos sair sem os seguranças!Ele diz confuso. 
 
Você vai ver. E não se preocupa. Alguém avisou aos seguranças que o Ryan e o Kian iam escapar pra beber e eles estão todos parados na porta deles.  
 
 
*** 
 
 
Pra não termos problema comfãs nós reconhecendo nas ruas, pegamos um táxi na porta do hotel e vamos a caminhodo lugar secreto que eu queria levá-lo. Quando chegamos lá, ele ainda nãoentendiao que estávamos fazendo ali até entrarmos, sua cara quando entramos notúnel submarino era impagável. 

MeuDeus, isso é lindo! Como?Perguntou admirado. 
 
Eu pesquisei antes de vir, você sempre dizia nas entrevistas que amava tudo relacionado ao mar e eu pensei por que não levá-lo nesse belo aquário, onde podíamos andar vendoa água e os peixes de cima á baixo.  

Eu amei, eu amei muito. —Colocando as mãos no rosto. 
 
Me desculpa, queria te fazer feliz e não te fazer chorar. 
 
Eu estou muito feliz, mesmo. Tenho estado muito emotivo por alguma razão, estraguei o clima. Explica. 
 
Será por causa... Eu e nem ele entendia sobre isso. A única vez queviisso foi quando minha irmã mais velha estevegrávidado primeiro filho, ela chorava sem motivo edonada, será algo relacionado ao bebê?Ele não parecia ter tidohá mesma experiência, nem conseguia explicar os sentimentos que sentia naquele momento. Tínhamos que procurar ajuda em breve, não podíamos mais evitar o assunto. 
 
Dex, vocêpodia... Ele tinha o rosto todo vermelho. 
 
Posso o quê? 
 
Me beijar!Exclamaainda maisvermelho. 
 
Olho pra trás e pra frente, não vejo ninguém ali. Agarrou sua cintura, ele passa os braços pelo meu pescoço e lhe dou o melhor beijo dá sua vida, tão bom que ficamos sem fôlego elimpamos orastro de saliva dos nossos lábios. Dou a mão pra ele e o puxou... 
 
Vamos, ainda têm mais.  
 
 
*** 
 


Nãoentendia, antes parecia tão feliz e agora estava todo calado. O levei pra conhecer a praia de Barcelona que ficava próxima ao aquário, mas ele não esboço emoção e nenhum comentários. Ele não gostou? 
 
Você odiou? 
 
Balança a cabeça assuntado. 
 
Não, eu amei! Mas... Começa incerto. 
 
O que? 
 
No aquárioquando me beijo, eu sente... Eu quis te agarrar e transar ali mesmo. Estou tão envergonhado, não entendo meu corpo ou as sensaçõesque ele me traz, sinto excitado ao seu toque, estou cansado e o cheio do mar me enjoa. Eu quero chorar, quero gritar, eu não entendo... Ok. Disse e cada vezseu tom de voz aumentava. 
 
Faremos o seguinte, vamos nós sentar na areia e ligaremos pra o Dr. Ramires. E nem tente me fazer desistir, uma hora ou outra teríamos que ligar, melhor cedo que tarde. Tudo bem pra você? 
 
 Concorda com a cabeça. Pegou o celular e disco o númeroda Clínica do Dr.Ramires, e entregou o celular. Ele parecia muito assustado, eu também estava. Nossa vida havia mudado repentinamente do dia pra noite. Teríamos muito mais responsabilidade do que gravar músicas, comparecer aentrevista, fazer turnês e fazer sessões de foto. 
 
— Gostaria de falar com o Dr. Ramires, é Nathaniel Evans, poderia dizer que é urgente. Obrigado. Ele falava.





Ele estava certo, tínhamos que resolver aquilo. Porém tinha medo das reações e se eles reagirem como os médicos daquele hospital? As coisas iriam mudar e poderia conseqüentemente naufragar nossas carreiras pra sempre. E se não estivéssemos prontos pra dar este passo? Sei que disse que íamos ter, mas se ele me abandonar? Os se me deixavam doido e me traziam uma insegurança.     

— Clínica Del Sol com quem gostaria de falar? Pergunta a Secretária. 
 
Gostaria de falar com o Dr. Ramires. 
 
— Dá parte de quem?— Ela pergunta. 
 
— ÉNathaniel Evans. 
 
— Ele está ocupado no momento, quer marcarconsulta?Sugere. 
 
Poderia dizer que é urgente. 
 
Ireitransferir sualigaçãopra o Dr. Ramires, um momento. Ela avisa. 
 
Obrigado. 

— Sr. Evans me desculpe pela confusão dá minha nova secretária. Aconteceu alguma coisa na turnê?— Ele pergunta num tom de preocupação. 
 
— Sim, tivemos um probleminha. 
 
— O que houve? — Me questiona. 

Respirou fundo e revelou... 
 
Estou grávido! 
 
— Oh! Meus parabéns!! Pode esperar um segundo, vou pedir pra minha secretária chamar àobstetra, oDra. Fallone o Dr. William. — Pede. 

Essa não era a reação que esperava.  

— Ok.  

Mudou a ligação pra o viva voz pra que elepudesseescutar a conversar, eram decisões que ambos tínhamos que decidir juntos. E depois de esperar uns segundos, sou chamado... 

Sr. Evans, eles não sabem por que foram chamados, mas saibamhouve um milagre nesta sala. O Sr. Evansestá grávido! — Anuncia.  

Parabéns aos papais. —Dizem juntos. 
 
— Obrigado. — Dizemos em conjunto. 
 
Imaginou que passaram comigo. — Comenta uma mulher.  

ConheçaaDra.Cassandra Smith, sua médica durante toda há gravidez. Dr. Ramiresapresenta.  

Não se preocupem, irei cuidar muito bem de vocês. Precisamos marcas seu primeiro check-up, de quantas semanas você está? — A Dra. Smith pergunta.

Uh... Cinco semanas e dois... Quatro... Cinco dias.
  
Quase seis semanas. Então iremos nós ver pessoal no dia 20 de maio, quando estiver com oito semanas. —Dra.Smith comunica.

Ok.

— E tem algo que ele não pode fazer ou comer? —Declan pergunta.

Acredito que será a mesma resposta dá Dra. Smith, continuar uma alimentação saudável. E lembrando que no decorrer da gravidez você vai sentir desejos e não há problema em comer besteiras. —Explica Dra. Fallon, minha nutricionista.

Exatamente, também sem exercícios físicos pesados e descansar quando seu corpo pedir. Além disso, pode seguir com sua vida normal. —Completa Dra. Smith.

Podemos contar pra nossos companheiros de banda e nossa equipe? —Declan sugere.

Eu não indicaria, é muito cedo. —Diz Dr. William.

Temos datas de shows que precisam ser mudadas, eles meio que vão precisar mudar e preferíamos que nem ele, nem o bebê foram expostos há milhões de pessoas e noites exaustivas em cima de um palco. —Ele explica.
  
Ele estava certo, preferia não estar no palco com um barrigão e muito menos exposto como um animal pelas revistas de fofoca. Queria poder contar do relacionamento, do bebê e de tudo mais no meu tempo, não ser obrigada a contar.

Se é assim, todos concordaram que é melhor contar. Porém, quero começar aquelas suas seções de terapia, Sr. Evans. Aquelas que deviam ter começado meses e meses atrás. Não iremos enrolar, começaremos agora. Poderia desligar do viva voz, por favor. —Dr. William pede.

Concordo e desligou do viva voz, deixando uma conversa privada entre nós.

Onde você está agora? —Dr.William pergunta.

Estamos numa praia, mais exatamente em Barcelona.
  
Ai deve ser lindo! Está gostando dá praia? —Dr. William.

Sinceramente não.

Por que não? —Dr. William.

O cheiro do mar me enjoa.

Vamos fazer o seguinte, você e o Declan voltam pra o hotel, toma um banho pra tirar à areia, relaxo na cama e me liga. Pode passar o telefone pra o Declan, por favor. —Dr. William.

Entregou o celular e eles ficam conversando por pouco tempo, antes de desligar e me ajudar a levantar. Vamos a caminho de pegar um táxi pra voltar pra o hotel.






  • Publicado: 14/07/2018 ás 01:00
  • Republicada: 19/11/2019 ás 16:40